A vida agitada, o trabalho de muitas horas, uma demanda intensa de atividades exaustivas muitas vezes faz com que pais estejam afastados quase o dia todo dos seus filhos. Além da própria rotina dos filhos entre estudos e outras atividades para o seu desenvolvimento.
Essa necessidade trouxe um hábito muito comum nas famílias: deixar os filhos dormirem na cama dos pais.
E o que tem demais nisso? Você me pergunta.
Bem, eu costumo dizer que “o que facilita a vida dos pais, prejudica a vida dos filhos”.
As crianças devem ser acostumadas a dormirem em seus quartos desde o seu nascimento. Claro, os pais devem ter o cuidado na vigilância ao bebê. Para isso já existem todos os tipos de equipamentos auxiliares com esse objetivo. Mas, uma porta aberta já é o suficiente para que se possa ouvir qualquer barulho vindo do quarto ao lado. Mas o assunto aqui é o impacto causado por esse hábito na vida familiar.
Vamos começar com o casal: o quarto do casal é um local reservado para que haja intimidade, momentos de prazer, de relaxamento, de conversas, de privacidade. Esse ambiente possui uma energia diferente, sexual, de carícias, beijos, abraços. E essa energia é captada, sentida pela criança.
Ah, uma dica importante: na hora do sexo, as portas devem estar fechadas “com chave”. Sim, as crianças vão bater, vão interromper bem na hora “H”. Quem nunca passou por isso?! Nesse caso uma orientação é bem importante em casa como dizer as crianças que porta fechada é sinal de “não perturbe” okay! Essa regra também vale para sua tranquilidade ao entrar no banheiro.
Voltando ao assunto principal…
O desenvolvimento infantil pode estar sendo prejudicado.
Uma prática aparentemente inocente como dormir na cama dos pais pode trazer sérias consequências ao desenvolvimento infantil, além de problemas de relacionamento entre todos da família: pais e irmãos.
Na tentativa de promover amor, carinho e atenção o que acontece de fato são noites mal dormidas, problemas de insônia, dores pelo corpo, cansaço, além dos fatores emocionais como maior ansiedade, irritabilidade, dependência emocional, stress.
Se uma criança não consegue enfrentar seus medos e aprender a dormir sozinha (de preferência com a luz apagada) como conseguirá se fortalecer para enfrentar outros desafios no seu desenvolvimento? Em casos como este elas devem ser confortadas e acolhidas pelos pais e redirecionadas ao seu quarto.
Outro fator muito importante é que uma criança dormindo entre o casal também vai promover o afastamento do relacionamento amoroso e sexual do casal. Aqui cabe uma boa pergunta para reflexão: como anda o relacionamento dos pais? Será que a criança é uma boa desculpa para o que já não vai tão bem assim?
É obvio que tudo o que acontece no ambiente é captado pela criança, sejam as conversas, os olhares, o tratamento. E por mais que os pais sejam silenciosos durante o ato sexual, ainda assim qualquer estímulo será percebido e guardado na memória da criança.
Então, a criança pode dormir com outro adulto como irmãos maiores ou avós, cuidadores?
A resposta continua sendo “não”. Se não pelos mesmos motivos, por outros semelhantes.
Lugar de criança dormir é na tranquilidade do seu quarto, na sua cama e de preferência individual. Outros adultos mal-intencionados poderão ser má influência.
Qual a melhor solução para um sono tranquilo, protegido e seguro de uma criança?
Desde a chegada do bebê em casa ele deve ser colocado no seu quarto, no seu berço e assistido da melhor maneira possível. Eventualmente, um cochilo na cama dos pais. Mas deve ser acostumado ao seu espaço desde o início.
Garantir que seu filho tenha uma infância saudável começa com ensinar-lhe a ter independência, a fazer escolhas e apoiar o seu desenvolvimento cognitivo e emocional. O quarto deve estar preparado para que ele se sinta confortável e protegido.
Sempre que houver algum episódio desconfortável para ele, deve ser acolhido, tratado, orientado. Ele vai se adaptar melhor se estiver no seu quarto desde o início.
Em tentativas de migrar para a cama dos pais, estes devem ser firmes na orientação. Os pais devem levá-los de volta ao quarto, podem ficam com a criança até que se acalme, mostrar que o ambiente é seguro e que eles estão atentos.
Não ceder aos pedidos emocionais vai desagradar, mas vai fortalecer a criança minimizando a dependência emocional.
Essa conduta também vai evitar que mensagens subliminares fiquem gravadas na memória, gerando no futuro problemas de relacionamento para essas crianças.
Você já se perguntou o que fica gravado na mente infantil, uma cena de uma mãe vestida em trajes íntimos, dormindo ao lado do filho, com seus corpos se encostando casualmente? E a parte emocional: desejo, culpa, incesto.
Podemos evitar futuros distúrbios emocionais com uma medida bem simples: lugar de criança dormir é no seu quarto e na sua cama. Proteja o desenvolvimento saudável do seu filho.
Psicóloga
Psicóloga, com Especialização em TCC – Terapia Cognitiva Comportamental, Pedagoga, Sócia da Empresa Luci Tanaka Treinamento e Consultoria Organizacional. Atua em atendimento clínico em psicoterapia e terapia financeira, ministra cursos e palestras na área de Empreendedorismo e outros temas para o desenvolvimento das pessoas e nas organizações. Facilitadora da Metodologia EMPRETEC, pelo Sebrae e Educadora Financeira.
Aceitar é a mais simples prova, porém para muitos a mais difícil tarefa no exercício do aprender a amar.
Este texto é para você que quer e está sozinho.
Seja para seus filhos o pai que você não teve, a mãe que você quis, o amigo, o apoiador o ouvinte! É uma forma de agir maravilhosa e também uma maneira de transmutar a sua dor!
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