Ainda que a adoção de uma dieta vegetariana represente, além de uma postura de respeito aos animais, um caminho saudável – e isso é consensual para a maioria das pessoas, uma contradição surge quando nos deparamos com uma das perguntas mais comuns: “mas, e as proteínas? ”
Já são inúmeras as instituições, associações e profissionais de saúde e de nutrição que atestam a viabilidade de uma alimentação baseada totalmente em produtos de origem vegetal. Porém, tais informações, ainda circulam apenas entre os profissionais de saúde e, ainda assim, muitos deles não se atualizam quanto a tais posicionamentos de entidades como a Academia Americana de Nutrição e Saúde que, há mais de duas décadas, já afirma ser uma escolha benéfica para as pessoas em qualquer fase da vida. Mas, nada é mais didático do que pensarmos em casos reais de pessoas que comprovam no seu dia a dia tal viabilidade.
Mas pensarmos simplesmente em casos reais de pessoas normais, não tem o mesmo efeito didático, comparado a uma abordagem de casos de atletas que adotaram os vegetais como sua fonte única alimentar. Poderíamos então, não só atestar a credibilidade de uma dieta bem planejada a base de vegetais, mas também, comprovarmos sua eficácia em situações em que a necessidade de nutrientes é nitidamente importante para um desempenho de alto nível.
E não são poucos os casos de atletas que vem adotando a alimentação a base de vegetais. Acompanhe alguns deles:
Vamos começar com um atleta que é uma unanimidade na atualidade e que brilha como poucos brilharam nas pistas de automobilismo. O atual hexa campeão de Fórmula 1, Lewis Hamilton, adotou o veganismo há 2 anos e, segundo ele, a alimentação à base de vegetais o fez mais atento e melhor preparado física e psicologicamente, além de relatar uma melhora considerável na recuperação pós esforço físico intenso.
Nosso segundo caso é de um atleta que pratica um esporte em que nada lembra a imagem “mirrada” de um vegetariano: Felipe Garcia já ganhou prêmios em campeonatos de fisiculturismo e, juntamente com Paulo Victor Pinheiro, o Paru, representam muito bem os “comedores de vegetais” em um esporte onde músculo e forma física são essenciais.
O terceiro caso que podemos citar é multicampeão de surf, Kelly Slater. Ele levou por onze vezes o título do circuito mundial e, há alguns anos, anunciou que sua alimentação passara a ser à base de vegetais. Com 48 anos, ele ainda figura na elite do surf mundial.
E temos muitos outros casos: Novak Djokovic, atual número um do ranking mundial de tênis e considerado um dos maiores de todos os tempos. Fiona Oakes, vencedora e recordista, da maratona do Polo Norte, quando as temperaturas chegaram a 28 graus negativos. Patrick Boboumian que quebrou o recorde mundial ao andar por 10 metros carregando mais de quinhentos quilos em seus ombros.
São muitos os exemplos que atestam a viabilidade e confiabilidade da dieta à base de vegetais, mas assim, como qualquer dieta, a ingestão correta dos alimentos – conforme a sua riqueza de nutrientes, é que indicará se você estará bem nutrido ou não. Pois, afinal de contas, aqueles que comem carne, ovos e laticínios, estão com sua saúde em ordem? Se sim, por que será que temos uma farmácia a cada esquina e filas de gente comprando seus remédios? (Pelo menos antes até do Coronavírus arrastar todos para uma quarentena forçada). Será que alguém pode imaginar que uma sociedade que tanto precisa de médicos e remédios pode mesmo dizer que se alimenta de forma saudável?
Pois, parte dessa solução pode muito bem, estar em cortar o problema pela raiz, ou seria melhor dizer “cortar pela carne” ?
Ricardo Laurino
Presidente Sociedade
Vegetariana Brasileira
https://www.instagram.com/ricardolaurino/
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