Faça o certo ficar fácil e o errado ficar difícil

Somos responsáveis pelas nossas escolhas, sejam elas boas ou ruins. E a conta chega. Desejamos muitas coisas, mas o quanto somos comprometidos de fato com os nossos objetivos?



A falta de disciplina é uma das mais comuns justificativas para não fazermos o que tem que ser feito. Logo pela manhã, ao acordar. Quando o celular toca para despertar, quem nunca acionou o soneca? Chegamos a fazer isto de olhos ainda fechados, não é verdade? No automático.

Como seria se bons hábitos também se tornassem automáticos?
Tome uma decisão e não precisará tomar pequenas decisões todos os dias.

Quando não somos comprometidos com aquilo que “desejamos”, precisamos tomar muitas pequenas decisões ao longo dos nossos dias. Tomar pequenas decisões significa ter que resistir à tentação o tempo todo. Vamos dar um exemplo: alguém que queira emagrecer, cortar o açúcar da dieta.

A decisão foi tomada? Vou cortar o açúcar da minha dieta. Ok. Facilite sua vida. Não tenha açúcar em casa. Se quiser o açúcar, terá de ir ao mercado para comprar. Corte o mal pela raiz, assim, você não precisa todos os dias olhar para aquele pote de açúcar e ter que tomar uma pequena decisão de consumir ou não. Ficou claro?

Com o soneca é a mesma coisa, deixe o celular distante da sua cama. Quando despertar, você terá que se levantar para desligar, então, já terá uma ação que facilitará resistir o voltar a dormir. E assim vai…

Consumir produtos industrializados é uma alternativa mais prática. E por que achamos isto? Porque cozinhar dá trabalho, leva tempo.

E se isso for feito uma vez na semana, e deixarmos nossa comidinha pronta, as famosas marmitinhas. Será que o que parecia tão difícil não se torna mais fácil?

Criar novos hábitos é romper com aquilo que você não quer mais na sua vida, aquilo que você sabe que não traz os resultados que você gostaria de ter. Sabemos onde falhamos, sabemos onde estão nossos gaps.

E por que é tão difícil mudar e manter novos hábitos?
Novos hábitos nascem de um processo, são construídos. A grande dificuldade que a maioria das pessoas encontra na construção de novos hábitos, é a pressa, querem sair do oito para o oitenta.

Um exemplo bem clássico é o “projeto verão”, que lota as academias não é? São pessoas que ao longo do ano, não se exercitam, não cuidam da alimentação, e quando percebem que o verão está chegando e que o “copitcho” será exposto, se desesperam e correm para as academias. Se matam na primeira semana, logo já perdem o pique, e desaparecem do mapa.

Num determinado momento da minha vida, decidi começar a correr, mas eu não corria, sequer estava fazendo uma caminhadinha. Sabia que não seria da noite para o dia, mas tomei a decisão. Coloquei como meta cinco quilômetros.

Comecei caminhando, correndo um pouquinho, caminhando um montão. Depois, caminhando, correndo um pouquinho mais, caminhando um pouco, correndo mais um pouquinho e caminhando de novo. Mais adiante, caminhando, correndo, caminhando. Correndo, caminhando, correndo. E por fim, correndo os cinco quilômetros. Foi um processo de algumas semanas. Respeitei os meus limites e não tive pressa, porque era uma decisão para a minha vida, não para o momento. O hábito foi desenvolvido, aprendi a respirar, conhecer meu corpo, e sigo até hoje praticando.

Como dica, sugiro que liste seus objetivos, enumere por prioridade, ou seja, aquele que você entende ser o mais importante no momento. Tome uma decisão, e comece, com pequenos passos, crie uma rotina, coloque aquilo que deseja fazer com um horário preestabelecido, isto facilitará a sua vida, não deixe solto, do tipo, se der tempo eu faço.
Se quiser praticar uma atividade física, estabeleça o tempo e a periodicidade, e cumpra.

Vou caminhar 30 minutos, segunda, quarta e sexta das 19:30 às 20:00hrs. Decisão tomada. Vá e faça.

Lembre-se, tome uma decisão para não precisar tomar pequenas decisões todos os dias.


Renata Cunha

Personal e Professional Coach, membro da Sociedade Brasileira de Coaching

Renata Cunha, 39 anos, é membro da Sociedade Brasileira de Coaching (SBCOACHING) desde 2016. É formada em administração de empresas pela Universidade de Taubaté – UNITAU – com pós-graduação em gestão de logística empresarial pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. 15 anos de experiência em gestão de pessoas. Possui uma carreira sólida na área financeira em multinacionais. O coaching entrou em sua vida quando, informalmente, conheceu o idealizador do Instituto Life Coaching e grande amigo Mario Meireles, que em pouco tempo, a mostrou o caminho para aquilo que viria a ser sua missão de vida. Ele a dizia: “você é coach, só não sabe disso ainda”. Sua missão: despertar nas pessoas o que de melhor possuem dentro de si, e ajudá-las a desabrochar, encontrando seus verdadeiros propósitos. Acredita que a vida é curta demais para ser pequena e que somos grandes demais para não doarmos o nosso melhor ao mundo.




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