Um dos maiores desafios de um líder é manter um time motivado e engajado, e isso ocorre por duas razões. A primeira se dá pelo fato de que a motivação é intrínseca, ou seja, ela vem de dentro de cada um, portanto, você não consegue dar motivação à alguém, apenas despertá-la. E a outra dificuldade é que, além das pessoas saberem aonde querem chegar, elas precisam querer chegar lá. Diante disso, como então formar um time motivado em prol do mesmo objetivo? O segredo está no emocional. Um líder deve ser capaz de criar conexões emocionais com as pessoas.
O QUE É LIDERANÇA AFILIATIVA?
Todos nós somos movidos por emoções e tudo aquilo que nos causa forte impacto emocional, faz com que mudemos de comportamento ou tomemos uma atitude. Portanto, o líder deve conectar as pessoas através do emocional, ou seja, criar conexões emocionais entre elas. Isto, é o que Daniel Goleman chama de liderança afiliativa, que é o estilo de liderar que foca nas pessoas e em suas emoções. Como resultado, obtém-se confiança, sentimento de pertencimento, inspiração e engajamento. Para criar este tipo de conexão com alguém, você não precisa necessariamente gostar da pessoa, e muito menos conhecer sua vida intima, basta que tenham o mesmo propósito em comum. E este então é o desafio, o líder deve ser capaz de identificar os propósitos individuais e conecta-los com o propósito do time.
COMO CRIAR CONEXÕES EMOCIONAIS?
De fato, criar este tipo de conexão com as pessoas é muito mais difícil na prática do que na teoria. Diante disso, estruturei quatro pilares para desenvolver conexões emocionais com um time. Estes são a base para o engajamento e aprimoramento dos relacionamentos interpessoais. Para sua estruturação, utilizei como referência o trabalho de George kohlrieser, psicólogo e pesquisador americano, referência mundial na área de liderança. São estes os pilares: diálogo, confiança, empatia e propósito.
• Diálogo: Muitos gestores confundem diálogo constante com as conversas diárias com o time. Muitas vezes, no dia a dia com as pessoas, agimos de forma a desestimular o diálogo e nem percebemos. Isto acontece quando: interrompemos uma ideia, somos passivos demais, não demonstramos atenção ou fazendo críticas destrutivas. Portanto, um líder deve se atentar nesses bloqueadores diariamente, e manter um diálogo aberto e constante com seu time.
• Confiança: Assim como em qualquer relacionamento, a confiança é a base de tudo, e na liderança não seria diferente. Um líder dever ser uma base de confiança para o seu time e um ponto de referência. Algumas atitudes que aumentam a confiança com as pessoas são: estar presente, ser acessível e saber ouvir, principalmente ideias e críticas.
• Empatia: Esta é uma habilidade escassa nas pessoas, e é essencial para a liderança. Empatia para um líder é a capacidade de compreender e levar em consideração os pensamentos e emoções das pessoas para a tomada de decisão. Além disso, é consciência da diversidade cultural e das diversas personalidades do time, e lidar com isto de forma respeitosa. Três atitudes simples que podem auxiliar no desenvolvimento de empatia são: sensibilidade com o ambiente, escuta ativa e não criticar a todo momento.
• Propósito: A partir de uma mesma meta, é nítido que os colaboradores irão obter resultados diferentes, pois possuem motivações diferentes. Portanto, um líder deve identificar os fatores motivacionais de cada um, ou seja, os propósitos individuais e conectá-los com o propósito do time. Isto envolve aquela pergunta clássica: o que te faz acordar cedo todos os dias e ir trabalhar? Adquirir este conhecimento exige tempo, percepção aguçada e sensibilidade com as pessoas, contudo, é o que irá trazer motivação de verdade, porque envolve de fato as pessoas nos processos.
Estes são os quatro pilares que eu identifico como primordiais para o líder afiliativo, pois através destes é possível de fato criar conexões através do emocional.
Deixo como indicação de leitura o artigo do Psicólogo Daniel Goleman, Liderança que traz resultados.
Profissional de Recursos Humanos e Gestão de Pessoas
Atua na área de gestão de pessoas com: capacitações, treinamentos e desenvolvimento de lideranças. Além disso, cursa especialização Black Belt em Lean Six Sigma, para otimização de processos.
Sua carreira profissional iniciou em uma multinacional italiana, onde teve a oportunidade de liderar uma equipe, implementar projetos e comandar o planejamento industrial da empresa. Neste período, através de um mentor dentro da Organização, despertou o interesse por liderança e gestão de pessoas. Seu objetivo profissional é auxiliar executivos, gestores e jovens profissionais, a se desenvolverem como líderes.
Dentro de mim, tenho a certeza de que não tenho concorrentes, só estou competindo contra mim mesmo!
Nem sempre quem tem algum vício de linguagem percebe, mas para quem ouve chega a ser insuportável, muitas vezes
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