Vou começar este texto falando sobre algo que me ajudou bastante a lidar com o sofrimento: a necessidade de separar sentimento de emoção.
Sentimentos são o que seres biológicos são capazes de vivenciar nas situações do cotidiano. Enquanto que emoção é uma reação a um estímulo, ou seja, uma reação instintiva gerada por um sentimento.
Vamos exemplificar para ficar mais claro: ao sentir medo de um cachorro que avistou solto na rua, o menino correu. O medo foi o sentimento; correr foi a emoção, a reação àquele sentimento.
É muito natural sentirmos dor em algum momento, quando perdemos uma pessoa querida ou quando algo não acontece da forma como gostaríamos. A dor é um estado reativo a um choque físico ou psicológico, assim como o sofrimento, que advém da quebra de uma situação estável.
Por que eu?
O sofrimento é um sinal de rigidez emocional. Sofremos quando nossa mente tenta conservar um estado psicológico imutável.
Há em nós uma grande dose de passividade quando estamos sofrendo, nosso ego não quer ceder. O sofredor atribui culpados pela sua infelicidade.
Fique bem claro aqui, que não se trata de indiferença ou insensibilidade. Como já disse, sentir é inevitável, reagir também. O problema está no exagero desta reação e na duração deste sofrimento.
Quando batemos nosso dedinho do pé na quina de um móvel em casa, a dor e a reação são imediatas, mas com o tempo a dor cessa, assim como nossa reação, ou seja, a reação passa mais rápido do que a dor.
Assim devemos ser com nossos sentimentos de maneira geral. Há dores que não vão passar. E aí, como lidar com isso?
Desfazer o sofrimento é resultado de uma mudança de postura em relação à vida.
Como na famosa frase: “Aceita que dói menos”, precisamos aceitar que as mudanças são inevitáveis e resistir a elas é um estreitamento emocional.
E se no lugar de perguntarmos “Por que eu?”, nos perguntarmos “Por que não eu?”.
A vítima se coloca numa posição de privilegiada, se dá um grau de importância tão grande que consegue justificar o sofrimento por muito tempo, como se dissesse “coitadinha de mim”.
A verdade é que não há culpado nem inocente. Todos estamos sujeitos a situações desiguais, instáveis e imprevisíveis. Achar o culpado, não resolve o problema, o que resolve é o foco na solução.
“O homem caminhou pela principal rua de sua cidade. Viu mendigos, aleijados, miseráveis. Como não conseguia mais conviver com tanta miséria, clamou aos céus:
– Deus, como podes amar tanto o ser humano e ao mesmo tempo não fazer nada por quem está sofrendo?
– Eu fiz alguma coisa por eles – escutou uma voz: – Eu fiz você.”
O sofrimento não traz ensinamento algum. Superar-se, esforçar-se para lidar com as emoções, isto sim, é o que traz aprendizado.
Agora vou ilustrar mais um exemplo para ficar bem claro quando precisamos dar um basta no sofrimento, e caso não seja possível fazer isto sozinho, procurar ajuda.
Voltando ao exemplo do dedinho batido na quina de um móvel, se passadas algumas horas e a dor não cessar, continuar extremamente incomodado, vale a pena procurar um médico, o dedinho pode ter quebrado, conter a emoção não vai resolver o problema.
O mesmo deve acontecer no caso de sentimentos mais profundos, rupturas, perdas. É normal por alguns poucos dias sentir um desânimo, falta de apetite, chorar; aos poucos a consciência vai chegando e colocando tudo no lugar, e esta reação ao sentimento de perda começa a passar. Porém, se isso não acontecer, é necessário sim buscar ajuda, de amigos, terapias, médicos, e até mesmo medicamentos.
É importante estar atento e, se a consciência não vem sozinha, é bom buscá-la.
Personal e Professional Coach, membro da Sociedade Brasileira de Coaching
Renata Cunha, 39 anos, é membro da Sociedade Brasileira de Coaching (SBCOACHING) desde 2016. É formada em administração de empresas pela Universidade de Taubaté – UNITAU – com pós-graduação em gestão de logística empresarial pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. 15 anos de experiência em gestão de pessoas. Possui uma carreira sólida na área financeira em multinacionais. O coaching entrou em sua vida quando, informalmente, conheceu o idealizador do Instituto Life Coaching e grande amigo Mario Meireles, que em pouco tempo, a mostrou o caminho para aquilo que viria a ser sua missão de vida. Ele a dizia: “você é coach, só não sabe disso ainda”. Sua missão: despertar nas pessoas o que de melhor possuem dentro de si, e ajudá-las a desabrochar, encontrando seus verdadeiros propósitos. Acredita que a vida é curta demais para ser pequena e que somos grandes demais para não doarmos o nosso melhor ao mundo.
Dentro de mim, tenho a certeza de que não tenho concorrentes, só estou competindo contra mim mesmo!
Nem sempre quem tem algum vício de linguagem percebe, mas para quem ouve chega a ser insuportável, muitas vezes
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