Já venho falando em alguns textos sobre as verdades. Uso bastante esta frase “A ignorância é uma bênção” com meus clientes. E quando a uso, nunca é num sentido positivo, ou seja, que permaneçamos ignorantes então, assim evitamos o sofrimento. Uso , no sentido de alertar. Quando não temos consciência de algo, nossa sensação de culpa é bem menor. Sim, nossa sensação, desconhecer o problema, não significa que ele não existe.
O processo de tomada de consciência é doloroso. Reconhecer nossas falhas, lidar com problemas, não é nada fácil. Mas vai por mim, ignorá-las, é ainda pior.
Costumo usar esta frase no início dos meus processos de Coaching, pois, quando tomamos consciência de algo e tentamos ignorar, a dor aumenta, porque já sabemos que algo está errado, e persistir no erro, significa que estamos dando o aval para o sofrimento.
Curar uma dor, por mais trabalhoso que seja, tem um momento para cessar. Afinal “O tempo só cura o que está decidido”. Empurrar com a barriga não é solução para nenhum problema.
E aí, como então curar estas dores?
O primeiro passo é aceitar, aceitar que falhamos, devemos ter autocompaixão. Com certeza, não falhamos com a intenção de falhar. Aceitar que as pessoas também falham conosco. Afinal, todos somos humanos. Aceitar que negócios podem dar errado. Encontrar culpados nunca repara o problema.
Feito isto, devemos entender. Entender onde falhamos, o que gerou tal problema. Se tivéssemos a oportunidade de fazer diferente, o que deveria ser feito?
Ok, agora devemos partir para a ação. Temos a oportunidade de voltar atrás ou somente de seguir em frente? Esta segunda opção, todos têm.
Nosso passado não nos define.
Podemos em algum momento de nossas vidas, ter sido alguém de quem não nos orgulhamos. Podemos ter nos relacionado com alguém que não era bem o que imaginávamos. Podemos ter apostado em algum negócio, sem avaliar os riscos. Fato é que, não devemos nos prender a isto.
Todos cometem erros. Essa tomada de consciência da qual estamos falando neste texto, é a grande virada de chave.
Não importa de onde viemos, não importa o que aconteceu com a gente. O que importa é o que desejamos ser. Nada, além de nós mesmos, pode nos impedir de fazer o que realmente desejamos.
Continuando os passos…
Eu não sei o que fazer para ser quem eu tanto desejo ser. Como fazer o meu negócio dar certo? Como ter uma relação legal? Como conhecer alguém perfeito pra mim?
Vamos lá…
Você tem alguém que seja um modelo daquilo que você gostaria de ser?
Você sabe que tipo de relação deseja ter?
Seu negócio. É uma inovação, ou conhece alguma empresa com o mesmo perfil e que tenha dado certo?
Precisamos ter modelos. Modelos de sucesso. Pessoas que admiramos, negócios para ns espelharmos. Relacionamentos saudáveis para nos inspirarmos.
O que estas pessoa fazem? Como são estas empresas?
Simples assim, você precisa mudar as suas atitudes.
Não pode querer ser uma pessoa diferente, fazendo as mesmas coisas. Não pode querer sucesso sem ações.
Seja consistente. O hábito se forma com pequenas atitudes consistentes. Não adianta você querer ser saudável, apenas porque hoje fez uma refeição saudável.
Vamos retornar ao conceito, vejo muitas pessoas vivendo relações ruins, o famoso “Fingir demência”. A curto prazo, pode até ser uma atitude aparentemente boa. Mas a médio e longo prazo, isto não se sustenta, e pode acarretar em um sofrimento prolongado.
Cortar o mal pela raiz, tem o trauma, certamente. Mas cura de fato. Analgésicos não curam doenças, apenas amenizam os sintomas temporariamente.
A proposta é deixar de viver anestesiado e buscar a cura.
Meus clientes sempre me perguntam: “Eu nunca mais vou parar de pensar?”. Eu dou risada e digo: “Eu avisei”.
Este “Eu nunca mais vou parar de pensar” significa que as situações continuarão acontecendo, porém, a tomada de consciência, não permite mais fingir que não está vendo. Isto não significa, que nunca mais tomaremos decisões erradas. Mas, que teremos muito mais clareza na hora de decidir, e se decidirmos por algo diferente do que está evidente aos nossos olhos, estaremos conscientes de que teremos que arcar com as consequências. E se estas forem ruins, com certeza, a dor será maior. Então, passamos a tomar decisões mais assertivas. Não nos deixamos levar por aquilo que desejamos momentaneamente.
Quando pensamos no longo prazo, abrimos mão do prazer imediato, para termos um prazer mais consistente e duradouro.
Por vezes, mantendo a ignorância, estamos apenas retardando o que inevitavelmente virá a acontecer. Então, a ignorância, não é e nunca será uma bênção. Bênção é aprender a lidar com as situações com as quais nos deparamos. É enfrentá-las com coragem e dignidade.
Personal e Professional Coach, membro da Sociedade Brasileira de Coaching
Renata Cunha, 39 anos, é membro da Sociedade Brasileira de Coaching (SBCOACHING) desde 2016. É formada em administração de empresas pela Universidade de Taubaté – UNITAU – com pós-graduação em gestão de logística empresarial pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP. 15 anos de experiência em gestão de pessoas. Possui uma carreira sólida na área financeira em multinacionais. O coaching entrou em sua vida quando, informalmente, conheceu o idealizador do Instituto Life Coaching e grande amigo Mario Meireles, que em pouco tempo, a mostrou o caminho para aquilo que viria a ser sua missão de vida. Ele a dizia: “você é coach, só não sabe disso ainda”. Sua missão: despertar nas pessoas o que de melhor possuem dentro de si, e ajudá-las a desabrochar, encontrando seus verdadeiros propósitos. Acredita que a vida é curta demais para ser pequena e que somos grandes demais para não doarmos o nosso melhor ao mundo.
Dentro de mim, tenho a certeza de que não tenho concorrentes, só estou competindo contra mim mesmo!
Nem sempre quem tem algum vício de linguagem percebe, mas para quem ouve chega a ser insuportável, muitas vezes
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